Vida em Verso e Prosa
Tenho escrito muitas coisas, algumas impublicáveis. Estas, são as mais interessantes.
24 janeiro 2007
Precisa-se de um colo
pra deitar a alma,
pra sentir-se amado,
pra buscar a calma
e achar consolo.
Procura-se carinho
para não chorar
como quem deve.
Para não pensar
que está sozinho.
Aceita-se a ilusão
como um tino, um norte,
pra buscar a trilha,
pra driblar a morte
e sentir paixão.
19 janeiro 2007
Poema do Amor Perfeito
Naquela nuvem, naquela,
mando-te meu pensamento:
que Deus se ocupe do vento.
Os sonhos foram sonhados,
e o padecimento aceito.
E onde estás, Amor-Perfeito?
Imensos jardins da insônia,
de um olhar de despedida
deram flor por toda a vida.
Ai de mim que sobrevivo
sem o coração no peito.
E onde estás, Amor-Perfeito?
Longe, longe, atrás do oceano
que nos meus olhos se aleita,
entre pálpebras de areia...
Longe, longe... Deus te guarde
sobre o seu lado direito,
como eu te guardava do outro,
noite e dia, Amor-Perfeito.
Cecilia Meireles
17 janeiro 2007
Eu aprendi
Eu aprendi......
que o AMOR, e ñ o TEMPO,
é que cura todas as feridas;
Eu aprendi......
que ninguém é perfeito
até que vc se apaixone por essa pessoa;
Eu aprendi......
que a vida é dura,
mas eu sou mais ainda;
Eu aprendi......
que as oportunidades nunca são perdidas;
alguém vai aproveitar as que você perdeu.
Eu aprendi......
que devemos sempre ter palavras doces e gentis,
pois amanhã talvez tenhamos que engoli-las;
Eu aprendi......
que um sorriso é a maneira mais barata
de melhorar sua aparência;
Eu aprendi......
que ñ posso escolher como me sinto,
mas posso escolher o que fazer a respeito;
Eu aprendi......
que todos querem viver no topo da montanha,
mas toda felicidade e crescimento ocorrequando vc está escalando-a;
Eu aprendi......
que quanto menos tempo tenho,
mais coisas consigo fazer!
Eu aprendi...
Que Deus sem mim é DEUS,
e eu sem DEUS sou NADA !!!
dizem que é do William Shaskespeare, mas tenho minhas dúvidas. É bem diferente do estilo dele.
12 janeiro 2007
Poema em "D"
Dedicarei meus dias ao desiderato de dizer o que digo. Não descuidarei deste destino.
Dissidentes, descrentes, defendem o discurso da discórdia. Duvidam do dom divino.
Distôo desse dilema. Dá dó daqueles que se deixam dominar pela dúvida. Defendo discurso doutro diapasão. A despeito da desilusão dos delinqüentes, Deus dá demonstrações que derrubam e desmentem esses desavisados no dia-a-dia.
Desconfio que discutiremos durante décadas. Deixo a demanda ditar os detalhes do desconforto e digo ao descontente com que deparo:
Deixe Deus dominar o seu dia.
Deixe Deus dirigir o seu destino.
Depois disso, duvido que diga que Deus deixou de dar descanso a um desesperado.
Dissidentes, descrentes, defendem o discurso da discórdia. Duvidam do dom divino.
Distôo desse dilema. Dá dó daqueles que se deixam dominar pela dúvida. Defendo discurso doutro diapasão. A despeito da desilusão dos delinqüentes, Deus dá demonstrações que derrubam e desmentem esses desavisados no dia-a-dia.
Desconfio que discutiremos durante décadas. Deixo a demanda ditar os detalhes do desconforto e digo ao descontente com que deparo:
Deixe Deus dominar o seu dia.
Deixe Deus dirigir o seu destino.
Depois disso, duvido que diga que Deus deixou de dar descanso a um desesperado.
Desencontro
Às vezes temo perder-me de ti
Outras vezes anseio jamais te encontrar
E nem me dou conta de que já te perdi
Neste triste binômio de amar e desamar.
Lembrança
Essa lembrança que nos vem às vezes...
folha súbita que tomba
abrindo na memória a flor silenciosa
de mil e uma pétalas concêntricas...
Essa lembrança...mas de onde? de quem?
Essa lembrança talvez nem seja nossa,
mas de alguém que, pensando em nós, só possa
mandar um eco do seu pensamento
nessa mensagem pelos céus perdida...
Ai! Tão perdida
que nem se possa saber mais de quem!
(Mario Quintana)
folha súbita que tomba
abrindo na memória a flor silenciosa
de mil e uma pétalas concêntricas...
Essa lembrança...mas de onde? de quem?
Essa lembrança talvez nem seja nossa,
mas de alguém que, pensando em nós, só possa
mandar um eco do seu pensamento
nessa mensagem pelos céus perdida...
Ai! Tão perdida
que nem se possa saber mais de quem!
(Mario Quintana)
07 janeiro 2007
Ausência
“Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada,
aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim!
“Drummond"