O Vendeiro, o Andante e a Neblina
O VENDEIRO, O ANDANTE E A NEBLINA
Victor Bass
A vendinha da esquina sua porta abaixou;
Mais um dia e trabalho o vendeiro encerrou;
Veio a noite, e com ela a neblina ondulada;
Em silêncio se aquietou...
Também veio um andante;
Carregando em sua idade a sua fone;
frente à venda se sentou;
O vendeiro a tabaquear lá na janela
O andante o notou,
Não pensando duas vezes
Na janela então chegou
Meio tímido, acanhado,
Ao vendeiro ele falou:
- Meu amigo meu bom homem
Permita lhe dizer
Que com muita fome eu estou.
O vendeiro foi lá dentro
Na janela então voltou
Ao andante que esperava
O vendeiro lhe falou:
- Eu só tenho uns pães velhos,
Foi de ontem que sobrou.
O andante agradecido ao vendeiro então contou:
- O seu pão não é tão velho, se é de ontem que sobrou,
Pois a minha fome é bem mais antiga,
Desde anteontem com essa fome estou.
Victor Bass
A vendinha da esquina sua porta abaixou;
Mais um dia e trabalho o vendeiro encerrou;
Veio a noite, e com ela a neblina ondulada;
Em silêncio se aquietou...
Também veio um andante;
Carregando em sua idade a sua fone;
frente à venda se sentou;
O vendeiro a tabaquear lá na janela
O andante o notou,
Não pensando duas vezes
Na janela então chegou
Meio tímido, acanhado,
Ao vendeiro ele falou:
- Meu amigo meu bom homem
Permita lhe dizer
Que com muita fome eu estou.
O vendeiro foi lá dentro
Na janela então voltou
Ao andante que esperava
O vendeiro lhe falou:
- Eu só tenho uns pães velhos,
Foi de ontem que sobrou.
O andante agradecido ao vendeiro então contou:
- O seu pão não é tão velho, se é de ontem que sobrou,
Pois a minha fome é bem mais antiga,
Desde anteontem com essa fome estou.
<< Home